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Prevenir a exploração de crianças e adolescentes foi tema de dois encontros que acontecem em comunidades pacificadas do Rio de Janeiro. Moradores locais e profissionais da Cidade de Deus receberam  orientações sobre como identificar, atuar preventivamente e enfrentar a violência praticada na infância. Amanhã o encontro acontece na Rocinha.

“No momento em que o Rio espera receber um grande fluxo de visitantes durante os Jogos Olímpicos é importante alertar a população para que esteja vigilante aos sinais de crime”, disse o coordenador geral de Proteção à Infância do Ministério do Turismo, Adelino Neto. Adesivos, cartazes e panfletos também foram entregues para reforçar a sinalização em locais onde há grande movimentação de turistas. “Meios de hospedagem, taxistas e rede de bares e restaurantes precisam se engajar nesta ação”, afirmou.

A auxiliar de limpeza Janaína Correa de Moraes, de 39 anos, moradora da Cidade de Deus, disse que a palestra ajuda a esclarecer situações que não são raras de se ver na comunidade. “As pessoas precisam ter informações para saber como agir”, disse. Já a vendedora Gabrielle Teixeira de Oliveira, de 38 anos, disse que vestiu a camisa da campanha e vai transmitir a quem conhece os canais de apoio, como o Disque 100.

Os encontros presenciais já mobilizaram mais de três mil pessoas em todos os estados brasileiros em uma ação que teve início antes da Copa do Mundo. O programa Turismo Sustentável e Infância, do Ministério do Turismo, compartilha informações sobre o tema por meio de cartilhas, investe na qualificação profissional de vítimas de violência, distribui material de campanha e reforça com visitas presenciais.

Prevenção – O canal de denúncia, Disque 100, funciona diariamente, 24 horas. As ligações podem ser feitas por telefone fixo ou móvel. Há também um aplicativo para celular gratuito, o Proteja Brasil, por onde é possível fazer denúncias ou consultar a localização de conselhos tutelares, por exemplo.

Dados – Nos últimos quatro anos, o estado do Rio de Janeiro registrou 2.599 denúncias voltadas à exploração sexual infantil.  Ao longo deste ano, o estado já ocupa o segundo lugar em número de registros (187) entre os meses de janeiro a junho, ficando atrás apenas de São Paulo (305).  No ano passado, Rio de Janeiro ficou entre os cinco estados brasileiros que mais recorrem ao serviço do Disque 100. Os dados são da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.