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A icônica casa da família Brando Barbosa, no jardim botânico, na zona sul do Rio é o local escolhido por Patrícia Quente e Patrícia Mayer, para sediar a edição comemorativa de 30 anos da Casacor, edição Rio. O local é de uma beleza única e ali estive para algumas festas no passado. A primeira percepção que tenho é a dificuldade de estacionamento. A organização não previu nenhum apoio para os que vão de carro. Acabamos estacionando numa das ruas paralelas e nos dirigimos ao evento.

O ingresso custa setenta reais a inteira e trinto e cinco a meia. O processo de compra é feito pela internet, mas a existência de um pin que chega por e-mail e deve ser incluído, não a torna tão fácil, como deveria. Logo, na entrada me deparo com as informações oficiais do evento e sinto a falta dos idiomas inglês e espanhol. Os seguranças extremamente profissionais e educados nos dirigem para a entrada, nos solicitando higienizar as mãos antes.

O processo de checo in é rápido, mas o colaborador que está sentado no momento, na bilheteria, não é dos mais corteses. Ignora, por exemplo, a gratuidade do guia de turismo credenciado e diz que a mesma normalmente é dada para grupos e não individuais. É acudido por uma senhora do lado, que autoriza a entrada. Sinceramente, faltou discernimento.

A visita é agendada, mas não há nenhum folheto orientacional para a mesma. Entramos e iniciamos pelo primeiro andar. Os colaboradores que se encontram em cada sala são de uma competência única e ávida por compartilhar informações sobre cada ambiente, decorado por um dos arquitetos que compõe a mostra. Passeamos por local ora criativa, rã normal, que não podem ser fotografados, excetuando por celular. Todos os protocolos de segurança estão rigidamente colocados em prática. É possível ficar 2 horas dentro do casão que é suficiente e a permanência nos jardins, que por sinal são lindíssimos e muito bem cuidados, sem tempo pé estabelecido. Na beleza do paisagismo da Casacor, encontro a sensibilidade e maestria de Ricardo Portilho. Seguimos para o segundo andar  continuamos nossa experiência de arte tematizada. A casa é muito ventilada e todos portam máscaras o tempo inteiro. Devo confessar que me sinto muito seguro. Acredito,apenas,que a sinalização interna poderia ser mais visível e de orientação do sentido da visita.

São quase 14 horas e sentimos fome. Dirigimo-nos para o restaurante. Poucas mesas ocupadas. O cardápio com QR coeduque aliás está presente em quase todos os ambientes mostra uma cozinha contemporânea. Os preços não são baratos e o serviço demorado e se percebe que há ainda falta de entrosamento no produto final. Peço um drink de gin, feito pelo único barman, que chega junto com a coca cola de meu acompanhante sem gelo. Os pasteis são minúsculos e o de queijo está vazio. Com fome, nos dirigimos a um outro espaço para lanches, onde o gentil gerente angolano nos acolhe com um  sorriso. É outro mundo: os colaboradores que além da mascara, com a proteção facial em acrílico foram treinados e tentam em cada momento superar nossas expectativas. Os sanduiches de carne assada e salmão chega delicioso e com um serviço nota dez. Estamos sentados ao redor de uma piscina e respiramos competência. Que diferença, devo confessara empresa Méier que opera os serviços é um case de sucesso.

É hora de nos despedirmos. Volto para casa, no meu dia semanal de confinamento feliz e que devo sugerir tal experiência para todos que estiverem no Rio e se sentirem à vontade para uma saída com segurança e beleza. Quero sugerir que seja colocado em prática um preço especial para moradores do Rio. Parabéns aos organizadores, patrocinadores, colaboradores diretos e indiretos, arquitetos e sintam-se abraçados por nos proporcionar esperança e amor pelo que fazem!

 

Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário, pesquisador , escritor, funcionário público de carreira e atua de forma voluntária no Instituto Preservale e na Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ.(www.bayardboiteux.com.br)