Montanha das Sete Cores, também conhecida como Vinicunca ou Arco-íris, situada na Cordilheira do Vilcanota, 5,2 mil metros acima do nível do mar, no distrito de Pitumarca.
As cores que decoram as encostas da montanha resultam de “uma história geológica complexa, com sedimentos marinhos, lacustres e fluviais”, de acordo com um relatório do Escritório de Paisagismo Cultural da Diretoria de Cultura de Cusco.
Esses sedimentos, transportados pela água que antes cobria todo o lugar, datam dos períodos Terciário e Quaternário, ou seja, de 65 milhões até 2 milhões de anos atrás.
Ao longo do tempo, os sedimentos foram formando camadas (com grãos de tamanhos diferentes) que hoje compõem as franjas coloridas.
O movimento das placas tectônicas da área elevou esses sedimentos até que se transformassem no que hoje é a montanha.
Aos poucos, as diferentes camadas foram adquirindo suas cores chamativas. Elas resultam da oxidação dos diferentes minerais – em virtude da umidade da área – e também da erosão dos mesmos.
Foi o que explicou à BBC News o geólogo César Muñoz, membro da Sociedade Geológica do Peru (SGP).
Com base em um estudo do Escritório de Paisagismo Cultural e em suas próprias pesquisas, Muñoz explicou a composição de cada uma das camadas, de acordo com a cor:
Rosa ou fúcsia: mescla de argila vermelha, lama e areia.
Branco: arenito (areia de quartzo) e calcário.
Roxo ou lavanda: marga (mistura de argila e carbonato de cálcio) e silicatos.
Vermelho: argilitos e argilas.
Verde: argilas ricas em minerais ferromagnesianos (mistura de ferro e magnésio) e óxido de cobre.
Castanho amarelado, mostarda ou dourado: limonites, arenitos calcários ricos em minerais sulfurosos (combinados com enxofre).
Fabián Drenkhan, pesquisador do Instituto de Ciências da Natureza da Pontificia Universidade Católica do Peru, disse à BBC News que essas misturas também contêm óxidos de ferro, geralmente de cor avermelhada.
Fonte: G1