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Europa

Moeses Fiamoncini escalou o Monte Everest e foi o primeiro brasileiro a chegar ao cume do Nanga Parbat, a nona montanha mais alta do Mundo, nesta temporada. Conquistou no fim de julho o K2, segunda montanha mais alta do Mundo sem uso de oxigênio

(Crédito: Divulgação)

A prática do alpinismo e escalada pode ser mais interessante quando há um desafio pessoal que também engloba a quebra de paradigmas. Pensando em ir além, Moeses Fiamoncini está desde o ano passado realizando um sonho pessoal e de muitos alpinistas: escalar as 14 montanhas acima de 8 mil metros existentes no mundo. Nunca feito por nenhum brasileiro, o feito se torna algo inédito para o montanhismo do Brasil. Mas, pensando em quebra de recordes, alguns desafios diferentes vão ser colocados nesse projeto. “Os paradigmas são quebrados aos poucos e exigem muitos preparos. A escalada ao Monte Everest sem uso de oxigênio até 8.300 metros foi o primeiro desafio desse projeto, acabei utilizando somente para chegar ao cume”, comenta Fiamoncini.

Escalar o Monte Everest é o sonho de todo alpinista. Nesta temporada, Moeses Fiamoncini chegou ao cume da montanha mais alta do mundo em maio. Ele era um dos brasileiros que estava em uma das diversas expedições que abriu discussões sobre as licenças para escalar a montanha. Essa temporada teve o maior número de licenças de escalada emitidas pelo governo nepalês: 381. E, apesar da morte de muitos alpinistas por conta do engarrafamento no pico, Fiamoncini conseguiu cumprir seu objetivo. “O Everest era apenas um dos primeiros objetivos do meu projeto de escalar as 14 maiores montanhas do mundo até julho de 2021. Então, por que não começar pela mais alta e mais almejada? O que coloquei como meta foi não utilizar o oxigênio no pico”, explica Fiamoncini. Ainda segundo ele, para conseguir chegar aos 8.848 metros de altitude, enfrentou condições climáticas extremas e também perdeu dois integrantes da sua equipe. “Foi difícil, mas também foi uma vitória que me deu ainda mais força para continuar o projeto. Agora, em julho, já estou comemorando a segunda etapa da expedição sendo o primeiro brasileiro a chegar ao cume do Nanga Parbat, uma das montanhas mais difíceis e perigosas do mundo”, comemora Fiamoncini.

Ainda em busca dos 14 cumes, ele já completou quatro: Everest, Manaslu, Nanga Parbat e K2. No fim de julho o brasileiro chegou ao cume do K2, juntamente com a brasileira Karina Oliani e sem o uso de oxigênio.

Em busca de patrocínio para o projeto, o alpinista comenta que ainda não existe um grande incentivo no Brasil para esse tipo de esporte. “Escalar montanhas ainda é um esporte que engatinha no Brasil e é uma prática que não é barata e exige um investimento não só de equipamentos, mas também das licenças para escaladas e todo um preparo físico e psicológico para conseguir os feitos. No país do futebol, escalar montanhas nevadas é algo quase esquecido. Porém, estou aqui para colocar o Brasil no ranking dos melhores montanhistas do mundo.  Para isso procuro patrocínios que viabilizem quebrar esses paradigmas”, enfatiza Fiamoncini.

Confira a trajetória de Moeses Fiamoncini, por ordem de dificuldade, até o momento:

Escalada ao Monte Everest– Chegada em maio de 2019

Escalada ao Nanga Parbat, sendo o primeiro brasileiro a realizar o feito – Chegada em junho de 2019

Escalada ao Manaslu, sendo o primeiro brasileiro a realizar o feito – setembro/2018

Escalada ao Aconcágua – maior montanha das Américas em dezembro de  2016

Escalada ao Kilimanjaro – montanha mais alta da África em  setembro de 2010

Escalada ao Mont Blanc – montanha mais alta da França/Itália em 2018

Escalada ao K2 – Chegada no dia 25/07