O Império Romano foi a maior civilização da história ocidental, tendo estendido seu território por boa parte do que hoje é a Europa, inclusive por Portugal. Por isso, o Alentejo, maior região do país, guarda diversos vestígios dessa época, o que acrescenta ainda mais charme aos seus pequenos vilarejos e cidades.
O período romano no Alentejo deu-se entre os séculos 2 a.C. e 5 d.C., época da queda do Império. Neste período, a região foi um importante provedor de trigo para Roma. Localizado no coração de Évora está o Templo Romano, o maior ícone desta dinastia em terras alentejanas. Parte das muralhas da cidade, conhecidas como Cerca Velha, também carrega herança desse povo antigo, como a Porta de D. Isabel e a Casa dos Burgos, que possui uma domus romana encravada no subsolo.
O tema é abordado com profundidade no Museu de Évora, onde os destaques são a estátua de um sileno, um dos seguidores de Dioniso na mitologia romana, e fragmentos recém-descobertos de uma mão feminina segurando um fruto. Na Câmara Municipal da cidade, por sua vez, foi encontrada a estrutura de enormes Termas Romanas, locais que eram destinados aos banhos públicos. Outro complexo termal está em Vila Romana de Tourega e tem 500 metros quadrados, com diversas salas e tanques de banho.
Nos arredores de Marvão, as Civitas de Ammaia, a ponte de Vila Formosa, a vila de Torre de Palma e o Núcleo Museológico da Igreja da Madalena apresentam vários vestígios romanos. Em Beja, por sua vez, vale observar os detalhes de Vila Ruiva, a vila de S. Cucufate e Casa do Arco, além das Portas de Évora e de Avis, os gigantescos capitéis junto ao Museu Regional da cidade e o Núcleo Museológico Romano.
Outras cidades também têm o que mostrar, como a vila de Pisões em Penedo-Gordo; o Museu da Lucerna, em Castro Verde; e o Núcleo Museológico Romano, em Mértola.
No litoral alentejano, descubra a Estação Arqueológica de Miróbriga, em Santiago do Cacém, e a Cripta Arqueológica do Castelo, em Alcácer do Sal. Esta última está localizada no subsolo do antigo Convento de Aracoeli, atual Pousada D. Afonso II, e contém ruínas de habitações da Idade do Ferro, além de um importante santuário romano do século 2 d.C.
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