“Não deixe a idade ser uma desculpa para experimentar algo novo, como fazer um intercâmbio”, se existe um conselho que alguém deveria seguir, com certeza é esse. Atualmente o intercâmbio para a faixa etária acima dos 50 anos ganhou o interesse dos brasileiros e mostra que estudar no exterior não é algo somente para jovens. Na CI Intercâmbio e Viagem a modalidade teve um crescimento de aproximadamente 20% nos últimos anos, comprovando que não existe idade para viver uma nova experiência.
De acordo com a especialista da CI, Luiza Vianna, a demanda deste público é muito variável, e podem ser divididos em dois grupos. “Para os intercambistas que estão chegando na terceira idade, que ainda estão no mercado de trabalho, o interesse pode ser aprimorar o segundo idioma para acompanhar a internacionalização da empresa e ainda criar um networking profissional. Já para os que não estão ligados ao mundo dos negócios, a experiência da troca cultural tem maior importância”, explica.
Nunca é tarde para viver uma boa história
Para Candida Elisa Borella, de 56 anos, a oportunidade de fazer o intercâmbio veio com a aposentadoria. “Sempre quis ter uma experiência no exterior mas não pude fazer isso na adolescência, e a vontade cresceu quando me aposentei. Escolhi o curso intensivo, com aulas de manhã e à tarde. Queria estudar o máximo possível para aproveitar bem minha viagem”, comenta.
Principais destinos
Para a especialista da CI, no momento de escolher o destino é importante entender o que o futuro intercambista deseja e gosta de fazer, para que ele tenha a melhor experiência com a viagem. “Muitas vezes o intercambista escolhe regiões que tenham a filial da empresa em que trabalha, sendo Estados Unidos e Europa destinos constantes. Mas a grande maioria escolhe por afinidade com o país, questões históricas e até por familiaridade”, comenta Luiza.
Os destinos mais procurados pelo público da terceira idade são Canadá, Inglaterra, Espanha, Itália e Malta. A escolha de Candida Elisa foi pela cidade de Victoria, no Canadá, por ser uma cidade pequena e bonita. Para a especialista da CI essa foi uma ótima decisão, “optar por destinos menores ajuda na hora de treinar o idioma. Geralmente os moradores locais disponibilizam mais tempo para conversar, o que torna a experiência ainda mais proveitosa”.
Quebrando as barreiras da idade
Para a intercambista, viver essa experiência depois de adulto não foi uma barreira. “Minha professora do turno da manhã me transmitia muita vontade de ensinar e tinha bastante experiência. O contato com países ampliou minha visão de mundo e troquei experiência valiosas que lembrarei com muito carinho”, comenta Candida. Ainda lembra que fez amizade com uma mineira e com uma suíça, que foram suas parceiras nos passeios e na hora do lanche na escola.
Um bom conselho
As conquistas são muitas para quem faz o intercâmbio na terceira idade, principalmente na questão pessoal. Além de aprender um segundo idioma e conhecer novas pessoas, ele vai viver uma experiência única, que muitas vezes não conseguiu ter na juventude.
E a Candida não quer parar, tem um projeto de conhecer três países com o esposo quando ele se aposentar também. “Não deixe que a questão da idade seja uma desculpa, pois, sem sombra de dúvida, isso não é um empecilho”, aconselha a intercambista.