No litoral do Alentejo, a pouco mais de 160 quilômetros de Lisboa, as águas do mar são quentes como as de uma banheira. Mais precisamente: elas atingem cerca de 30º C.
Enquanto o resto do país trinca de frio com águas congelantes do mar mesmo em pleno verão, aqui, na praia de São Torpes, em Sines, elas estão sempre mornas como no Nordeste. As pessoas que abrem o guarda-sol ali, perto de um pontal de pedras, sabem a razão na ponta da língua. E ainda ficam de olho na maré para aproveitar os momentos mais especiais.
Quanto mais baixa a maré, mais caliente a água. E mais gente dentro dela. Toda a poesia acaba quando se tira os olhos do mar e se olha para trás. Nos fundos da praia está plantada uma termoelétrica que é a causa do “fenômeno”.
O elefante branco usa as águas do Atlântico para arrefecer a usina e, quando elas voltam à praia, estão mornas. É assim há décadas, dia e noite. O visual não é nada tentador. Mas as águas são limpas e transparentes. Podem ter ondas ou estarem como uma lagoa.
Fonte: Viagem&Turismo