Há quase quatro meses, o Ministério do Turismo resolveu implementar a isenção de vistos a países estratégicos no Brasil. A iniciativa trouxe bons resultados.
Segundo dados preliminares a entrada de turistas americanos, canadenses e australianos no Brasil cresceu 25% comparado com o mesmo período de 2018. Destaque para os Estados Unidos, maior emissor dentre os contemplados pela isenção, que apresentaram um aumento de 25,79% no número, saltando de 56.668 para 71.281 visitantes. O Japão foi o único país que teve baixa no índice (-16%).
No último ano, quando o Brasil adotou o visto eletrônico para facilitar a entrada de turistas dos mesmos quatro países, foi registrado um incremento de 15,73% na chegada de visitantes dessas nacionalidades. No setor econômico, o perfil de gastos e permanência desses viajantes, representa um incremento de R$ 450 milhões.
Dados divulgados em agosto já haviam mostrado os impactos positivos para a economia brasileira com a isenção de vistos. Em julho de 2019, US$ 598 milhões foram injetados na economia brasileira pelos turistas estrangeiros, contra US$ 417 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, um aumento de 43,4%.
Se compararmos com o mês de junho deste ano, o aumento foi ainda maior, 59,8%. Tirando o ano da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, esse foi o maior crescimento dos últimos 16 anos.
Segundo a Organização Mundial de Turismo, medidas de facilitação de viagens podem gerar um aumento de até 25% no fluxo de viajantes entre os países. Outro dado técnico que embasou a decisão do governo brasileiro em isentar países estratégicos da exigência de visto foi um levantamento realizado durante a Olímpiada 2016 que mostrou que caso os turistas estrangeiros tivessem isenções de vistos, teriam o seu retorno ao país facilitado.