Você está em Amsterdã e, de repente, aquelas ciclovias o inspiram a dar um rápido passeio de bicicleta. Mas você não vê nenhuma loja de aluguel por perto.
Não é preciso ir até uma, basta acessar o aplicativo Spinlister, que funciona como o serviço de caronas Uber –você informa a sua localização e a ferramenta mostra pessoas ao redor dispostas a alugar as suas bikes.
O Spinlister foi criado em 2012 e está presente em cerca de 120 cidades. Por enquanto, só existe a versão em inglês, mas, até maio, o app deve ganhar textos em português e preços em reais.
Além de bicicletas, é possível alugar prancha de surfe, de stand-up paddle, de snowboard e pares de esqui.
Os preços são decididos pelo próprio “lister” (quem lista sua bike ou prancha no site, disponibilizando-a para aluguel), que deve também colocar um endereço, onde a bike pode ser retirada.
Segundo a empresa, o preço médio do aluguel de bicicletas é de US$ 20 por dia (cerca de R$ 58) em cidades como Berlim, Amsterdã e Nova York. Nesta última, uma loja física no Central Park cobra US$ 35 por dia (R$ 101).
Detalhes finais sobre retirada e devolução do equipamento são combinados pelas partes interessadas por meio de um sistema de mensagens, como um “bate-papo”, do próprio site –como o site de aluguel de imóveis Airbnb.
Na hora de fechar o negócio, o “renter” (quem aluga) se compromete a pagar por qualquer dano ou roubo do produto. Em alguns países, como Estados Unidos e França, se o locatário não pagar, o Spinlister arca com os gastos. No Brasil, porém, ainda não existe a garantia do aplicativo –ou seja, o prejuízo é um risco do locador.
Risco que o surfista Carlos Burle, que vive no Rio de Janeiro, resolveu correr. Ele ficou sabendo do site por amigos e entrou como “lister” em meados de 2014. Mas, até agora, ninguém alugou sua prancha de surfe –por hora, ele cobra US$ 40 (R$ 108).