O slogan “lugar mais feliz do mundo” ficou para trás e às vésperas de completar 18 anos, o Hopi Hari corre o risco que não conseguir chegar às férias de julho. Atolado numa dívida de R$ 700 milhões, com salários atrasados em três meses, e com corte de energia, desde o mês passado em função de uma dívida de R$ 580 mil, os responsáveis pelo complexo têm apenas três dias para pagar uma conta de R$ 100 mil relacionada a locação de geradores.
Para piorar, desde março não é mais garantido aos frequentadores o seguro de cobertura de acidentes nos equipamentos de diversão. Sem esses equipamentos o parque pode parar de funcionar já no final de semana. Desde setembro do ano passado quando decretou recuperação judicial os proprietários buscam uma solução.
No final do ano o acionista controlador da companhia, Luciano Correa, vendeu 75% das ações representativas do capital social da HH Participações – controladora indireta do Hopi Hari – a José Luiz Abdalla, empresário do setor imobiliário, e, na mesma data, foram comercializados 5% das ações representativas do capital social da HH Participações a Marcel Andre Molon, diretor da companhia, formando bloco de controle regulado por acordo de acionistas.
O projeto de investimentos de reestruturação seria a âncora do novo projeto da companhia que prevê a implantação de um complexo hoteleiro com, aproximadamente, 1.200 apartamentos. Agora com os novos rumos a concretização do projeto pode não se viabilizar.