O Diário Oficial da União desta quarta-feira (28) publicou a Medida Provisória 1.045/21, que define regras de recriação do Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda (BEm) (Acesse aqui). A iniciativa, que reedita a MP 936, lançada em 2020 para evitar demissões na pandemia, permite a realização de acordos para a redução de jornadas e salários ou a suspensão de contratos por até 120 dias. No caso dos vencimentos, os percentuais variam entre 25%, 50% e 75%.
Com a nova MP, funcionários de empresas privadas que tiverem a jornada encurtada ou o contrato suspenso receberão um benefício emergencial da União, proporcional ao valor do seguro-desemprego ou integral (entre R$ 1.100 e R$ 1.911,84), à exceção de empresas com receita bruta superior a R$ 4,8 milhões. Em um acordo para a redução de 50%, por exemplo, o trabalhador terá direito a 50% do salário da empresa e a 50% do seguro-desemprego.
O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, que participou das articulações para o relançamento do BEm, avalia que a medida evidencia a atenção do presidente Jair Bolsonaro às necessidades do setor produtivo. “Este é mais um passo do governo federal no sentido de ajudar os empresários do turismo neste momento, proporcionando uma folga no caixa. Junto com o trade turístico, seguimos em busca de soluções para amenizar os efeitos da pandemia”, frisa.
A MP prevê a garantia provisória de emprego nos meses em que a jornada e os salários forem reduzidos ou que o contrato estiver suspenso, por um período igual ao que as atividades e vencimentos voltarem ao normal. Em caso de redução de jornada por três meses, por exemplo, o empregado terá direito a permanecer na empresa por outros três meses. Quanto a demissões sem justa causa, a medida prevê o pagamento de verbas rescisórias e de indenização.
Foto:Divulgação/MTUR