O segmento de cruzeiros nesta temporada no Brasil cresceu. Mas o incremento de 15% ainda está distante dos anos anteriores. Se em 2016/2017 foram 371 mil cruzeiristas a estimativa para esse ano é de 439 mil, menos da metade do que o registrado em anos anteriores. De acordo com Marco Ferraz, presidente da Cla Abremar o volume de cruzeiristas no mundo atingiu a marca de 27,2 milhões contra os 25,8 milhões registrados na última temporada. A novidade desta temporada são os cruzeiros da MSC, Costra e outras empresas no novo terminal marítimo de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Mas apesar das conquistas, o segmento vislumbra novos desafios para o ano que se aproxima em busca de maior competividade para o país.
“Trabalhamos muito não apenas para manter os navios que já se encontram aqui, mas também para atrair novos interessados. Sabemos que uma das operadoras que atuam no país irá trazer o maior navio que já recebemos em águas nacionais, mas queremos realmente ampliar nossa oferta e estamos trabalhando para isso”, explicou o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz.De acordo com a Clia Brasil, a principal discussão a ser tratada em 2018 é a redução de custos da operação dos cruzeiros no país até os níveis médios internacionais. “A carga tributária ainda é elevada e temos estudos de que algumas poucas ações de diminuição da carga tributária são compensadas pelo aumento de navios na nossa costa e, consequentemente, geração de renda nos destinos de paradas desses cruzeiros”, complementou.
Ainda segundo Marco Ferraz, o segmento contribuiu com R$ 1,6 bilhão para a economia brasileira na temporada 2016/2017. Mas o cenário atual ainda está muito aquém dos maiores competidores – China, Austrália, Emirados Árabes, Sul da Ásia, Caribe e Europa – que contam com forte investimento em infraestrutura, novos destinos e regulação favorável ao setor.
PELO MUNDO – O crescimento da indústria de cruzeiros é uma tendência mundial. Segundo a Clia, este ano, com base no calendário de lançamento de novos navios, a previsão é de 25,8 milhões de passageiros. No ano passado o setor ultrapassou a projeção de passageiros, alcançando 24,7 milhões de viajantes, quando estavam previstos 24,2 milhões. Entre os destinos mais vendidos, estão: Caribe (35%), Mediterrâneo (18.3 %), Europa (11.1 %), Ásia (9.2 %), Austrália, Nova Zelândia e Pacífico (6.1 %), Alasca (4.2 %) e América do Sul (2.5 %).
Foto: Arquivo Bahiatursa
Fonte: Mercado&Eventos