A questão dos refugiados é tema de discussão no mundo todo e, no Brasil, não poderia ser diferente. Na noite desta segunda-feira, 7, a polícia federal suspendeu a entrada de venezuelanos que fogem da grave crise econômica e social no país governado por Nicolás Maduro entrando por cidades de Roraima, mais precisamente entre as cidades de Pacaraima (RR) e Santa Elena de Uairén (VEN).
Segundo pesquisa feita pela Toluna, fornecedora líder de insights do consumidor para a economia sob demanda, 45% dos brasileiros não estão de acordo com a atitude, com 12% não concordando nada com o fechamento. Como contraponto, 30% dos entrevistados querem o veto aos venezuelanos e 26% não sabem se concordam.
A pesquisa ainda questionou o quanto os brasileiros sabiam sobre o tema. Quando perguntados “Quantos refugiados venezuelanos você acha que chegam ao Brasil por dia?” Dois terços não sabiam de que aproximadamente cinco centenas de refugiados vindos do país governado por Nicolás Maduro entram por vias terrestres no território brasileiro.
Mas, a maior parte dessa onda de refugiados acaba não ficando no país. Segundo dados da Polícia Federal, 54% deles já voltaram para a Venezuela, tanto por vias terrestres quanto aéreas. A pesquisa da Toluna também questionou sobre o conhecimento desse fato e 85% desconheciam quantos refugiados já haviam deixado o Brasil nos últimos 18 meses (54% segundo a Polícia Federal) e a maioria (57%) dos entrevistados achavam que era inferior a 30%).
Questão dos imigrantes e refugiados no Brasil
Os brasileiros têm pontos de vista similares sobre imigrantes e refugiados chegando ao país. A maior parte deles acreditam que os dois casos podem trazer tanto benefícios quanto males para o Brasil. Ao serem questionados “Você acredita que ter imigrantes chegando ao país é bom para o Brasil?” 17% acreditam que sim e 36% que não. Já ao serem interrogados sobre os refugiados, apenas 13% acreditam que eles podem fazer bem ao Brasil enquanto 46% acreditam que não.
Nota ao editor
(Pesquisa realizada no dia 7 de agosto de 2018 com 532 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 1.625 por mês)