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Dicas de Viagem

O intercâmbio é uma experiência enriquecedora em qualquer idade, porém, quando realizado na adolescência, tem benefícios ainda maiores. Do aprendizado rápido à qualificação profissional por conta da nova língua, conectar-se com uma nova cultura na juventude tem ainda mais impacto na formação da personalidade e da visão de mundo.
“Enquanto os adultos podem demorar até seis meses para absorver o novo conhecimento, em dois meses os adolescentes já estão sonhando na nova língua, o que demonstra a consolidação do conhecimento nesse curto período”, afirma Michele Argenta, gerente de High School da rede. A facilidade é explicada pela maior atividade no hipocampo do cérebro nessa idade, o que estimula o aprendizado, a memória e a busca por recompensa – que é intensificada pela convivência com colegas nativos.
A disponibilidade para focar nos estudos é outro fator que favorece os jovens, já que eles têm mais tempo livre, uma vez que ainda não começaram a carreira. Fora do país, eles podem se dedicar a aprender a nova língua e também aproveitar as matérias orientadas vocacionalmente. Já os mais velhos, muitas vezes, aproveitam gaps da faculdade ou férias para aperfeiçoar o idioma, e nem sempre os cursos menores são suficientes para o resultado que esperam. Quem fica mais tempo no país de destino, por sua vez, muitas vezes precisa trabalhar para bancar o intercâmbio, o que também reduz o aproveitamento.
Financeiramente, o valor do intercâmbio pode variar conforme a idade e o objetivo. O programa semestral de High School custa, em média, US$ 8 mil, incluindo escola, acomodações – em casas de família ou no dormitório da escola, geralmente compartilhado com outro estudante – e gastos rotineiros, como comida, transporte e compras. A média de preços de intercâmbio para adultos é parecida, porém as escolhas podem aumentar as despesas, como a opção por quarto privativo, a possibilidade de aproveitar a vida noturna, já que há mais liberdade para voltar tarde para casa, e fazer pequenas viagens sozinho, por exemplo.
Morar e estudar em outro país na faixa dos 13 aos 18 anos é ainda um fator importante para amadurecer. Os adolescentes passam por uma mudança de comportamento e valores, segundo relatos de pais de intercambistas.
“Se o estudante conviver com uma família hospedeira ou na escola, terá que se acostumar com atividades simples, mas que na maioria das vezes não está habituado a fazer em casa, como arrumar o próprio quarto, organizar os próprios horários e usar o transporte público sozinho. É trabalhoso, mas contribui para seu crescimento pessoal”, aponta a especialista.
Acompanhar os estudos na outra língua, conviver com diversas nacionalidades, fazer amizades e adaptar-se aos hábitos alimentares e ao clima são outros desafios.
As exigências práticas para aderir ao programa de Ensino Médio no exterior são boas notas na escola, nível intermediário no idioma do destino e, além do passaporte e vistos – se necessário –, os documentos principais: histórico escolar, carteirinha de vacinação e Application (perfil do estudante).